Conversando
com lideranças do PT do Crato, chega-se a uma simples conclusão: o sentimento
do partido de Lula é ter candidatura própria a prefeito nas eleições municipais
deste ano.
A questão é
simples: o PT tem tradição em ter candidatura a prefeito, tem o governador como
modelo e exemplo de sucesso numa eleição adversa e tem um histórico de lutas na
cidade.
Ademais, atualmente o partido conduzido pelo jovem político Pedro
Lobo, tem conseguido alguns sucessos, como estar um partido mais aberto à sociedade,
ter um forte diálogo com os movimentos sociais, incluindo o movimento comunitário, estudantil, ong’s e sindicatos.
O PT tem ainda um amplo diálogo com uma série de partidos, fruto das articulações feitas pelo atual
diretório , capitaneado por Pedro Lobo e pelo grupo político do deputado José
Guimarães.
Na era da corrente Campo Democrático no PT do Crato, o
partido conseguiu o que nunca conseguiu antes, ser visto como um partido mais
arejado, democrático, amplo e mais aberto ao diálogo, sem extremismos, demagogia
e casuísmo.
Além disso, os petistas tem alguns requisitos interessantes
para ter uma candidatura própria: tem um mais tempo de rádio do que qualquer outro
partido da base do governador Camilo Santana.
Um outro fator é o próprio formato das eleições deste ano. Será
uma eleição fulminante, apenas 45 dias e, para isso, o PT tem um ingrediente
que poucos partidos tem: uma grande militância que estará às ruas. É bom
lembrar que essa militância já está preparada e sempre pronta para reagir,
visto que o PT tem durante este ano uma luta incansável contra os golpistas que tiraram do
governo uma presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff. Os golpistas tem
candidato no Crato e os petistas querem ter a oportunidade de denunciar essa
história.
Ainda tem outro ponto. No Crato as lideranças que tem mais influência
entre a população são Lula, Dilma Cid e Camilo. Ora, três petistas pedindo voto
para um candidato do PT vem a calhar.
Mas, uma questão vem sendo levada em conta por lideranças
petistas. Quando foi divulgada a chapa Zé Ailton e André Barreto, como escolhida para representar a frente
popular, a reação da opinião pública não foi positiva.
Soou como se essa chapa não tivesse
condições de vencer os tucanos. A rejeição inicial vem causando uma crise entre
as lideranças e partidos da frente que Zé Ailton ainda não conseguiu resolver.
Daí porque vem crescendo entre os petistas, e isso será
discutido no partido e deliberado, da necessidade de uma candidatura própria.
O presidente do partido, Pedro Lobo,
nesse sentido, tem seu nome colocado à disposição. Sob seu comando, o PT hoje
tem um bom número de candidatos a
vereador, vem dialogando com diversos partidos, setores sociais e
lideranças.
Além disso, Pedro Lobo conta com um fator a seu favor: tem
uma forte amizade com o governador Camilo Santana, o que facilita seu acesso ao
governador e caso seja prefeito, um acesso direto ao governo e a obras,
projetos e ações que podem beneficiar o Crato.
Essa amizade nenhuma outra liderança
ou pré-candidato do PT do Crato tem. Pedro com certeza é o nome do partido com
maiores laços de amizade e parceria com Camilo e outras lideranças petistas
como José Guimarães, Miosés Braz e o Dr. Santana, parlamentares do PT.
Outro ponto positivo: Pedro foi o único pré-candidato das
esquerdas que teve o apoio explícito de entidades do movimento sindical e comunitário,
como os trabalhadores rurais, a Federação das Entidades Comunitárias do Crato, e
outros segmentos.
E o mais importante. Caso o PT decida pela candidatura de Pedro
Lobo o governador Camilo tem claro dois caminhos. Ou vem ao Crato apoiar Pedro
Lobo e a candidatura de seu partido ou não vem.
Em conversa com uma
liderança do partido ele foi bem claro. O PT tem diálogo suficiente com
partidos como PC do B, PDT, PSD e outros. E pode sim ter uma candidatura própria
e que tenha um programa de governo claro, que tenha um discurso de
centro-esquerda, que una diversos segmentos do Crato com o intuito de não deixar
o Crato voltar ao passado, levar mais crescimento, desenvolvimento, debater e
elaborar políticas públicas para mulheres, trabalhadores, crianças, jovens, idosos,
artistas e diversos setores, criar uma agenda social, política e de crescimento
para a terra de Bárbara de Alencar.
A possibilidade da união das esquerdas é clara. Atualmente o próprio PC do B já admite uma candidatura própria das esquerdas. A militância jovem comunista vem fazendo essa campanha nas redes sociais.
A ideia seria que no atual momento é importante as esquerdas do Crato terem uma cara própria nas eleições. O nome do PC do B é Cacá Araújo.