Relatório da Global Witness afirma que 50 ativistas foram mortos no país em 2015 e destaca o caso de Raimundo dos Santos Rodrigues, assassinado no Maranhão.
O Brasil é o país mais perigoso do mundo para ambientalistas, afirma um relatório divulgado nesta segunda-feira (20/06) pela ONG britânica Global Witness. Em 2015, 50 ativistas foram mortos no país, um aumento de 72% em relação a 2014, quando foram registrados 29 assassinatos.
O Brasil é o país mais perigoso do mundo para ambientalistas, afirma um relatório divulgado nesta segunda-feira (20/06) pela ONG britânica Global Witness. Em 2015, 50 ativistas foram mortos no país, um aumento de 72% em relação a 2014, quando foram registrados 29 assassinatos.
Ao todo, 185 ambientalistas foram mortos no mundo em 2015, um aumento de 59% em relação a 2014. Depois do Brasil, as Filipinas, com 33, e a Colômbia, com 26, são os países com o maior número de assassinatos.
De acordo com a ONG, a maioria das mortes é consequência da luta contra o extrativismo de commodities, como minério, madeira e óleo de palma. "Cada vez mais países estão invadindo áreas virgens ricas em recursos. Projetos estão sendo implementados em territórios contestados, onde vivem, na maioria, comunidades indígenas", afirmou Billy Kyte, da Global Witness.
Indígenas representam 40% das vítimas no mundo. No Brasil, os assassinatos ocorreram em regiões remotas da Amazônia. Diversas madeireiras são acusadas de contratar criminosos para intimidar a população local, e quem resiste muitas vezes é morto.
Um dos casos mencionados no relatório é o assassinato de Raimundo dos Santos Rodrigues, morto no dia 25 de agosto em Bom Jardim, no Maranhão. Ele foi atacado quando voltava para casa com sua esposa.
Rodrigues fazia parte do Conselho Consultivo da Reserva Biológica do Gurupi e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O ativista denunciou crimes ambientais cometidos por fazendeiros e madeireiras da região. Depois do assassinato do ambientalista, vários integrantes de comunidade locais abandonaram a região.
- Jornal O Povo
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