No final da última semana,
um aposentado
de Várzea Alegre
foi atacado por abelhas
e, apesar de ser medicado e
internado, não resistiu e faleceu.
Foi a primeira morte
por animais peçonhentos em
2016, na região.
Mas, acidentes
dessa natureza são mais
comuns do que se imagina e
causam preocupação.
Dados do Sistema de Informação
de Agravos de Notificação
(Sinan) repassados pela
Secretaria de Saúde do Estado
apontam altos índices no número de acidentes por animais
peçonhentos. Do início do ano
até a primeira quinzena de junho,
os nove municípios que
compõem a Região Metropolitana
do Cariri (RMC) registraram
112 casos, dos quais 68
aconteceram em Barbalha, representando
60,7% do total.
No
ano passado, o município registrou
120 casos e a RMC, 247.
De acordo com o veterinário
Elismar Vasconcelos,
responsável pela Secretaria
de Agricultura e Meio
Ambiente de Barbalha, a
incidência com animais peçonhentos na região é considerada
alta. Como explicou,
tanto os lixos nas ruas como
a incidência de chuvas, junto
às alta temperaturas, são motivos
que contribuem para o
aparecimento de animais peçonhentos. Daí, os especialistas
aconselharem à população o cuidado com a limpeza
de suas casas e o contato com
áreas com cobertura vegetal.
Segundo os biólogos Roque
Brito e Edmílson Silvestre,
do Centro de Zoonoses de
Crato, o primeiro a se fazer em
casos de acidentes por animais
peçonhentos é lavar o local
atacado com sabão e água corrente.
Após isso, a vítima deve
procurar um hospital para que
receba medicamento. Segundo
eles, o país enfrenta, atualmente,
dificuldade na produção da vacina, o que ocasiona
sua falta em alguns estabelecimentos
de saúde.
No Cariri, hospitais como
o Hospital Regional do Cariri
e o Hospital São Camilo,
situados em Juazeiro e
Crato, respectivamente, são
capacitados para receberem
as vítimas deste tipo de acidente.
Entre os animais considerados
peçonhentos estão
abelhas, aranhas, escorpiões
e cobras. Os dois últimos são
os principais responsáveis
pela maioria dos acidentes
registrados na região.
Em nota do Ministério da
Saúde enviada à Secretaria
de Saúde do Ceará foi informado que o Estado, em meados
de julho, não receberá os
frascos de soro antivenenos.
O problema se dá por conta
de atrasos dos laboratórios
produtores, o que acarreta na
falta de distribuição.
- Jornal do Cariri
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