Após fechar um acordo
com o governador
Camilo Santana para
desistir de sua reeleição na
segunda-feira passada num
encontro no Palácio da Abolição,
o prefeito Raimundo
Macedo está sendo pressionado
a mudar sua decisão.
Pelos termos da aliança fechada
entre Camilo e Raimundão,
o candidato a prefeito
deveria ser o ex-deputado
estadual Giovanni Sampaio,
do PSD, com o apoio do PT
do deputado estadual Manoel
Santana e tendo na vice um
nome indicado pelo PMDB.
Para atrair a simpatia
do presidente regional
do PMDB, senador Eunício Oliveira, Raimundão,
ao comunicar em Brasília,
também na quarta passada,
que estava desistindo de
sua candidatura a favor do
candidato de Camilo, disse
que não iria indicar o vice
de Giovanni. Caberia a Eunício
essa escolha. Eunício
refutou. Garantiu que não
há possibilidade dele dividir
o mesmo palanque com Camilo
e os irmãos Cid e Ciro
Gomes em qualquer município
do Ceará.
Essa rejeição de Eunício atrapalhou os planos
de Raimundão. Giovani
Sampaio já falava como seu
candidato. Telefonou para
vários políticos, empresá-
rios e até mesmo jornalistas
agendando encontros.
Assegurava que eleito faria
uma administração do diálogo, sem perseguições e
anunciando como principal
objetivo investir no desenvolvimento
de Juazeiro
como força motora do crescimento
do Cariri.
Só que suas pretensões
murcharam nas incertezas
de Raimundão. O prefeito
de Juazeiro pode até apoiar
a candidatura de Giovanni
Sampaio, mas seu partido,
o PMDB, tende a tomar outro
rumo. Hoje, Eunício se
mostra disposto a articular
com o presidente regional
do PSDB, ex-senador Luiz
Pontes, e com o senador
Tasso Jereissati, a formação de uma mesma chapa.
E o nome estaria escolhido,
pois lidera inclusive a última
pesquisa de opinião realizada
pelo Abolição na semana
passada: é o do vereador
Normando Sóracles.
Ciente de suas dificuldades,
Raimundão está dividido
entre honrar sua palavra
com Camilo e apoiar Giovanni
Sampaio ou desconhecer
esse entendimento e
voltar a ser candidato. Sem
saber ao certo o que fazer,
Raimundão se reuniu com o
presidente municipal do PR,
Vasques Landim, e também
se encontrou até mesmo
com seu arquiinimigo Manoel
Salviano, que preside
o PSDB juazeirense. Queria
o apoio dos dois para se
inserir novamente na corrida
eleitoral tendo Vasques
como vice. Ocorre, que para
vingar esse acordo, tanto
Eunício como Tasso precisam
consentir.
Na atual fase das negociações
políticas, Tasso descarta
votar em Raimundão.
Já o presidente Luiz Pontes
garante que o PSDB terá
candidato próprio, após realizar
uma consulta popular.
Nesse cenário, a cada dia diminuem
as chances de Salviano
ser o candidato ou indicar
o vice de Raimundão,
principalmente após trair
o PSDB e se unir ao governador
Camilo Santana, em
Barbalha, no apoio ao candidato
Fernando Santana.
- Jornal do Cariri
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