terça-feira, 28 de junho de 2016

Raimundão e a articulação para as eleições de 2016

Após fechar um acordo com o governador Camilo Santana para desistir de sua reeleição na segunda-feira passada num encontro no Palácio da Abolição, o prefeito Raimundo Macedo está sendo pressionado a mudar sua decisão. Pelos termos da aliança fechada entre Camilo e Raimundão, o candidato a prefeito deveria ser o ex-deputado estadual Giovanni Sampaio, do PSD, com o apoio do PT do deputado estadual Manoel Santana e tendo na vice um nome indicado pelo PMDB. 

Para atrair a simpatia do presidente regional do PMDB, senador Eunício Oliveira, Raimundão, ao comunicar em Brasília, também na quarta passada, que estava desistindo de sua candidatura a favor do candidato de Camilo, disse que não iria indicar o vice de Giovanni. Caberia a Eunício essa escolha. Eunício refutou. Garantiu que não há possibilidade dele dividir o mesmo palanque com Camilo e os irmãos Cid e Ciro Gomes em qualquer município do Ceará. 

Essa rejeição de Eunício atrapalhou os planos de Raimundão. Giovani Sampaio já falava como seu candidato. Telefonou para vários políticos, empresá- rios e até mesmo jornalistas agendando encontros. Assegurava que eleito faria uma administração do diálogo, sem perseguições e anunciando como principal objetivo investir no desenvolvimento de Juazeiro como força motora do crescimento do Cariri. 

Só que suas pretensões murcharam nas incertezas de Raimundão. O prefeito de Juazeiro pode até apoiar a candidatura de Giovanni Sampaio, mas seu partido, o PMDB, tende a tomar outro rumo. Hoje, Eunício se mostra disposto a articular com o presidente regional do PSDB, ex-senador Luiz Pontes, e com o senador Tasso Jereissati, a formação de uma mesma chapa. E o nome estaria escolhido, pois lidera inclusive a última pesquisa de opinião realizada pelo Abolição na semana passada: é o do vereador Normando Sóracles. 

Ciente de suas dificuldades, Raimundão está dividido entre honrar sua palavra com Camilo e apoiar Giovanni Sampaio ou desconhecer esse entendimento e voltar a ser candidato. Sem saber ao certo o que fazer, Raimundão se reuniu com o presidente municipal do PR, Vasques Landim, e também se encontrou até mesmo com seu arquiinimigo Manoel Salviano, que preside o PSDB juazeirense. Queria o apoio dos dois para se inserir novamente na corrida eleitoral tendo Vasques como vice. Ocorre, que para vingar esse acordo, tanto Eunício como Tasso precisam consentir. 

Na atual fase das negociações políticas, Tasso descarta votar em Raimundão. Já o presidente Luiz Pontes garante que o PSDB terá candidato próprio, após realizar uma consulta popular. Nesse cenário, a cada dia diminuem as chances de Salviano ser o candidato ou indicar o vice de Raimundão, principalmente após trair o PSDB e se unir ao governador Camilo Santana, em Barbalha, no apoio ao candidato Fernando Santana. 

- Jornal do Cariri

Nenhum comentário: