quarta-feira, 29 de junho de 2016

A vez do PT e das esquerdas no Crato



Conversando com lideranças do PT do Crato, chega-se a uma simples conclusão: o sentimento do partido de Lula é ter candidatura própria a prefeito nas eleições municipais deste ano.

A questão é simples: o PT tem tradição em ter candidatura a prefeito, tem o governador como modelo e exemplo de sucesso numa eleição adversa e tem um histórico de lutas na cidade.

Ademais, atualmente o partido conduzido pelo jovem político Pedro Lobo, tem conseguido alguns sucessos, como estar um partido mais aberto à sociedade, ter um forte diálogo com os movimentos sociais, incluindo o movimento comunitário, estudantil,  ong’s  e sindicatos.

O PT tem ainda um amplo diálogo com uma série de partidos,  fruto das articulações feitas pelo atual diretório , capitaneado por Pedro Lobo e pelo grupo político do deputado José Guimarães.

Na era da corrente Campo Democrático no PT do Crato, o partido conseguiu o que nunca conseguiu antes, ser visto como um partido mais arejado, democrático, amplo e mais aberto ao diálogo, sem extremismos, demagogia e casuísmo.

Além disso, os petistas tem alguns requisitos interessantes para ter uma candidatura própria: tem um mais tempo de rádio do que qualquer outro partido da base do governador Camilo Santana.

Um outro fator é o próprio formato das eleições deste ano. Será uma eleição fulminante, apenas 45 dias e, para isso, o PT tem um ingrediente que poucos partidos tem: uma grande militância que estará às ruas. É bom lembrar que essa militância já está preparada e sempre pronta para reagir, visto que o PT tem durante este ano uma luta  incansável contra os golpistas que tiraram do governo uma presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff. Os golpistas tem candidato no Crato e os petistas querem ter a oportunidade de denunciar essa história.

Ainda tem outro ponto. No Crato as lideranças que tem mais influência entre a população são Lula, Dilma Cid e Camilo. Ora, três petistas pedindo voto para um candidato do PT vem a calhar.

Mas, uma questão vem sendo levada em conta por lideranças petistas. Quando foi divulgada a chapa Zé Ailton e André Barreto,  como escolhida para representar a frente popular, a reação da opinião pública não foi positiva.

Soou como se essa chapa não tivesse condições de vencer os tucanos. A rejeição inicial vem causando uma crise entre as lideranças e partidos da frente que Zé Ailton ainda não conseguiu resolver.

Daí porque vem crescendo entre os petistas, e isso será discutido no partido e deliberado, da necessidade de uma candidatura própria.

O presidente do partido, Pedro Lobo, nesse sentido, tem seu nome colocado à disposição. Sob seu comando, o PT hoje tem um bom número de candidatos a  vereador, vem dialogando com diversos partidos, setores sociais e lideranças.

Além disso, Pedro Lobo conta com um fator a seu favor: tem uma forte amizade com o governador Camilo Santana, o que facilita seu acesso ao governador e caso seja prefeito, um acesso direto ao governo e a obras, projetos e ações que podem beneficiar o Crato. 

Essa amizade nenhuma outra liderança ou pré-candidato do PT do Crato tem. Pedro com certeza é o nome do partido com maiores laços de amizade e parceria com Camilo e outras lideranças petistas como José Guimarães, Miosés Braz e o Dr. Santana, parlamentares do PT.  

Outro ponto positivo: Pedro foi o único pré-candidato das esquerdas que teve o apoio explícito de entidades do movimento sindical e comunitário, como os trabalhadores rurais, a Federação das Entidades Comunitárias do Crato, e outros segmentos.

E o mais importante. Caso o PT decida pela candidatura de Pedro Lobo o governador Camilo tem claro dois caminhos. Ou vem ao Crato apoiar Pedro Lobo e a candidatura de seu partido ou não vem.

Em  conversa com uma liderança do partido ele foi bem claro. O PT tem diálogo suficiente com partidos como PC do B, PDT, PSD e outros. E pode sim ter uma candidatura própria e que tenha um programa de governo claro, que tenha um discurso de centro-esquerda, que una diversos segmentos do Crato com o intuito de não deixar o Crato voltar ao passado, levar mais crescimento, desenvolvimento, debater e elaborar políticas públicas para mulheres, trabalhadores, crianças, jovens, idosos, artistas e diversos setores, criar uma agenda social, política e de crescimento para a terra de Bárbara de Alencar.

A possibilidade da união das esquerdas é clara. Atualmente  o próprio PC do B já admite uma candidatura própria das esquerdas.  A militância jovem comunista vem fazendo essa campanha nas redes sociais. 

A ideia seria que no atual momento é importante as esquerdas do Crato terem uma cara própria nas eleições. O nome do PC do B é Cacá Araújo.

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