O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento, nesta segunda-feira, 14, para investigar a morte de ao menos 10 pessoas na Usina Cambaíba, em Campos de Goytacazes, no norte do Rio. As mortes teriam acontecido durante a ditadura militar.
Segundo o MPF, a investigação tem o objetivo de apurar as declarações do ex-delegado e chefe do extinto Departamento de Ordem e Política Social (Dops), Cláudio Antonio Guerra. De acordo com o Ministério, o ex-delegado narra no livro "Memórias de uma guerra suja" como os corpos de opositores do regime militar foram incinerados na Usina Cambaíba, em Campos.
O procurador da República, Eduardo Santos de Oliveira, solicitou ofícios à Comissão Nacional da Verdade e à Comissão Especial de Mortos Desaparecidos, segundo o MPF, com informações e documentos relacionados ao caso.
Para o MPF, os agentes públicos que cometeram crimes durante a ditadura agiram como representantes de todo Estado. Por isso, destaca o Ministério, os crimes cometidos no período submetem-se à jurisdição federal.
Agência Estado
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