O Brasil caminha para políticas mais complexas do que a simples transferência de renda e o próximo alvo, com o pacote social a ser lançado amanhã pelo governo, será a primeira infância, que sofre duas vezes mais com a pobreza do que a média dos brasileiros.
Há um ano e meio trabalhando no plano que a presidente Dilma Rousseff anunciará hoje, o subsecretário de Ações Estratégicas da Presidência, Ricardo Paes de Barros, argumenta que atender a faixa populacional que mais sofre com a pobreza -crianças de até 6 anos- representa uma enorme economia para o País no médio e longo prazo.
Segundo os dados da secretaria, a extrema pobreza no Brasil atinge 8% da população, mas chega a 16% entre crianças nesta faixa etária.
"No Brasil você tem uma desigualdade intergeracional em que os idosos são muito pouco pobres e as crianças são muito pobres", disse Paes de Barros, doutor em economia e pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Entre as razões está o fato de o País ter construído um sistema previdenciário que garante a todos os idosos um salário mínimo. Já as famílias com crianças nesta faixa etária em geral estão entrando no mercado de trabalho, são mais vulneráveis ou têm maior número de filhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário