Investigado na Operação Zelotes, da Polícia Federal, o caririense Jorge Celso Freire da Silva não aparece mais entre os conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) do Ministério da Fazenda. Em lista de conselheiros publicada na página do órgão, espaço onde constava o cearense foi substituído pela palavra “vago”.
Deflagrada no final de março, a Zelotes investiga um suposto esquema de sonegação fiscal e pagamento de propinas. Segundo a investigação, quadrilhas supostamente atuariam junto ao Carf revertendo ou anulando multas por sonegação. Ao todo, estão sob suspeita 74 processos do órgão, que somam R$ 19 bilhões em dívidas com a Receita Federal.
Acusado de envolvimento no suposto esquema, o cearense de Brejo Santo Jorge Celso era conselheiro da 4ª câmara da 1ª seção do Carf. No dia em que foi deflagrada a Operação, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em Juazeiro do Norte.
As investigações começaram em 2013, quando foi descoberta uma organização que "atuava no interior do órgão, patrocinando interesses privados, buscando influenciar e corromper conselheiros com o objetivo de conseguir a anulação ou diminuir os valores dos autos de infrações da Receita Federal".
De acordo com a PF, servidores repassavam informações privilegiadas obtidas dentro do conselho para escritórios de assessoria, consultoria ou advocacia em Brasília, São Paulo e em outras localidades, para que esses realizassem a captação de clientes e intermediassem a contratação de “facilidades” dentro do Carf.
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