Afinal, que governo é esse?
Sabemos que é um governo de direita para o qual a Constituição de 1988 “não cabe no PIB”. Sabemos que é um governo liberal, que se dispõe a fazer mais privatizações, a deixar a taxa de câmbio livre, e a cortar não apenas as despesas correntes mas também os investimentos públicos. Mas agora também sabemos que é um governo patrimonialista, que ocupa o Estado em benefício da burocracia pública. Que outra explicação posso dar para esse governo ter feito aprovar no Congresso, a toque de caixa, um pacote de 14 projetos que cria mais de 11 mil cargos e aumenta salários de 38 carreiras do funcionalismo público? Apenas para o Judiciário, o aumento foi de 39%!
Triste e lamentável impeachment. Foi feito em nome da luta contra a corrupção, mas seu currículo nesta área é pior do que a do governo Dilma. Foi feito para cortar despesas, mas a primeira “reforma” que faz é esse aumento. Na verdade, foi uma farsa jurídica – definitivamente, as pedaladas não o justificavam – cujo real objetivo é reduzir os salários diretos e indiretos dos trabalhadores do setor privado.É, por enquanto, uma vitória dos ricos e de uma da classe média moralista e rentista. É um governo cuja legitimidade deveria vir dessa classe, mas mesmo ela deve estar, se ainda não arrependida, pelo menos muito confusa.
OUTRA BOMBA DO GOLPISTA ENTREGUISTA
Ministro Ricardo Barros exonerou sete dirigentes do Departamento de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus), o órgão responsável pela correta aplicação de recursos do SUS; segundo a jornalista Conceição Lemes, do Viomundo, a atitude “revela clara tentativa de desarticular serviços de auditoria, controle e combate à corrupção”; “Sinaliza também que o governo do “interino” Michel Temer visa desmontar o SUS e privatizar a saúde pública”, afirmou
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