quinta-feira, 3 de maio de 2012

Sobre Brizola Neto

Carlos Daudt Brizola, mais conhecido como Brizola Neto (Porto Alegre, 11 de outubro de 1978), é um político brasileiro, presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT) no município do Rio de Janeiro. Exerceu o cargo de deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro a partir de 2007, liderando a bancada do PDT na Câmara dos Deputados. No dia 2 de maio de 2012 tomará posse como Ministro do Trabalho e Emprego, tornando-se o ministro mais novo do governo de Dilma Roussef.

Mudou-se com a família para o Rio de Janeiro em 1982, quando da eleição do avô Leonel Brizola ao governo fluminense.

Filiado ao PDT desde 1997, foi eleito em 2004 vereador da cidade do Rio de Janeiro. Em 2006, foi eleito deputado federal.

Presidente do diretório municipal e ex-presidente nacional da Juventude Socialista do PDT. É neto de Leonel Brizola, ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, e irmão de Leonel Brizola Neto, vereador do Rio de Janeiro, e de Juliana Brizola, vereadora de Porto Alegre.

Infância e juventude

Brizola Neto nasceu quando seu avô, Leonel Brizola, no exílio, recebia o ultimato para deixar o Uruguai. Por parte de pai, é sobrinho-neto do ex-presidente João Goulart. Por parte de mãe, é neto do capitão da Aeronáutica Alfredo Daudt[1], foi um dos que impediram a decolagem dos jatos da FAB que bombardeariam o Palácio Piratini, na Campanha da Legalidade.

Aos 16 anos, Brizola Neto foi trabalhar como secretário particular de Leonel Brizola, "sem regalias ou mordomias", como ele mesmo descreve[2]. O exaustivo trabalho não impediu que Brizola Neto se dedicasse a paixão carioca de pegar onda. Na praia tornou-se amigo de vários jovens das favelas da Zona Sul.

Da amizade de praia acabou nascendo o Favela Surf Club, onde jovens do Cantagalo e do Pavão-Pavãozinho aprendem a surfar e a fabricar e consertar pranchas. Na Rocinha, Brizola Neto realizou o projeto Casa de Cultura, que oferecia aulas de pintura, música, computação e dança para as crianças da favela.

O desejo de transformar essas duas experiências, os ensinamentos de Brizola e a convivência com os amigos da favela, em militância política vieram naturalmente. Em 2004, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro.


Vereador

Eleito em 2004, Brizola Neto assume seu primeiro mandato parlamentar como vereador na Câmara Municipal do Rio de Janeiro em 2005. Nos dois anos de mandato, pois foi eleito 2006 para deputado federal, vários projetos foram apresentados por ele na Câmara, muitos deles ainda estão em debate e tramitação pelas comissões ou ainda aguardam pauta para entrar em votação no plenário, como o que fixa tempo de atendimento a clientes em agencias bancárias e o que reduz a altura dos degraus nos ônibus.

Nesses dois anos de mandato, destacou-se pelas iniciativas nas áreas do trabalho e da educação. Destinou, em projeto, 30% dos royalties para a Educação, além de propor isenção de impostos na transferência de imóveis, ainda em nome dos institutos de previdência (IAPI, IAPC, etc), a seus reais proprietários, aposentados e pensionistas.

Propôs a criação de comissões e frentes parlamentares para defender e discutir ciência, tecnologia, comunicação e informática; habitação popular e juventude, querendo inclusive a criação de um conselho para fiscalizar e avaliar políticas públicas dirigidas aos jovens entre 18 e 29 anos.

Apresentou projetos incentivando da cultura carioca, como a obrigatoriedade da presença de músicos locais em shows internacionais,o tombamento do Hotel Nacional.

Pediu também a revisão da cobrança de pedágio na Linha Amarela, sugeriu o parcelamento das multas de trânsito municipais, defendeu a redução de 30 para 15 dias no prazo dado ao prefeito prestar informações à Câmara Municipal.

Ainda no âmbito de projetos de lei municipais, Brizola Neto apresentou projetos nos quais obrigava as empresas de coleta a evitarem a proliferação de bactérias, mau cheiro e ruído dos caminhões de lixo.

Deputado federal

Eleito deputado federal no final de 2006, com 62.091 votos, Brizola Neto, assume o mandato em 1º de fevereiro de 2007.

Em seu primeiro mandato como deputado federal pelo Rio de Janeiro, para o período de 2006 a 2010, Brizola Neto tornou-se um dos 100 “cabeças” do Congresso Nacional. Em 2009 e 2010, integrou a lista do DIAP como um dos parlamentares mais atuantes do Brasil[4].

Brizola Neto é o líder do PDT na Câmara, onde defende projetos de natureza trabalhista, como o aumento dos aposentados, a definição da política do salário mínimo, fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho e a PEC do trabalho escravo.

Foi presidente da comissão que analisou na Câmara Federal o projeto de criação da empresa pública para administrar as jazidas do pré-sal. Dos quatro projetos do pré-sal, encaminhados pelo governo à Câmara, o primeiro a ser votado e aprovado em plenário foi justamente o da criação da petro-sal.

Além disso, também foi o relator do projeto[5] que cria sistema de credenciamento de cursos de graduação, para evitar o demorado processo de reconhecimento de diplomas na área do Mercosul, Brizola Neto vê na proposta não só o fortalecimento da integração latino-americana, como também o da comunidade científica.

Negociação e pressão das bancadas pedetistas na Câmara, liderada por Brizola Neto[6], e no Senado Federal, garantiram a aprovação do teste das urnas eletrônicas e o voto impresso, durante discussão da reforma eleitoral no Congresso, além da liberação do uso da internet.

Novo Código Brasileiro de Mineração entra em discussão na Câmara por iniciativa de Brizola Neto[7]. Além da criação do novo marco regulatório para o setor, a proposta cria Agência Nacional de Mineração para recuperar áreas concedidas para lavra e que não têm sido exploradas.

Voltando à área de educação, Brizola Neto é autor do projeto, em tramitação na Câmara Federal, que prevê a abertura das escolas públicas nos fins de semana, feriados e recessos letivos, para oferecer reforço escolar, além de atividades culturais e esportivas à toda comunidade local. Também é autor do projeto altera lei que criou o salário mínimo regional, obriga convenções e acordos coletivos de trabalho a fixarem o piso salarial em valor igual ou superior ao do salário mínimo regional. Não incidindo aos trabalhadores que têm o piso estabelecido por lei federal.

Na Câmara, discute critérios de remoção de moradores de áreas de risco no Rio de Janeiro, como favelas e encostas de morros. Brizola Neto só concorda com a remoção em casos inevitáveis e atendendo os requisitos já previstos na lei orgânica[8].

Em 2010, Brizola Neto disputa reeleição para deputado federal.

Vida partidária

Brizola Neto ingressou no Partido Democrático Trabalhista em 1997. É presidente do Diretório Municipal do PDT/RJ desde 2008, e ex-presidente Nacional da Juventude Socialista do PDT no biênio entre 2005 e 2007.

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