quinta-feira, 19 de abril de 2012

Dívidas são obstáculos para reativação da Açusa

Depois de mais uma rodada de debates sobre a possibilidade de reativação da Usina Manoel Costa Filho, em Barbalha, da qual participaram diretores da União Nordestina dos Produtores de Cana e prefeitos da região, alguns empresários saíram do encontro sem acreditar na viabilidade na ressuscitação da indústria sucroalcooleira do Ceará, especialmente no Cariri, que já foi grande polo produtor e pioneiro do Estado. Os comentários vieram após ser traçado um perfil do empreendimento desativado há sete anos. De acordo com os números levantados, na década de 80, a Usina Manoel Costa Filho ficou entre as melhores em rendimento industrial e econômico do país, tinha 1.100 fornecedores de cana, sendo que nenhum tinha mais de 12 mil toneladas e empregava diretamente 1.600 trabalhadores.

A usina já foi responsável por 4% do PIB (Produto Interno Bruto) do Ceará e em 1987 contribuiu para fazer de Barbalha o município de maior arrecadação per capita do Estado, elegendo-o a quarta maior empresa arrecadadora do ICMS do Estado do Ceará. Na contramão desses números vem o fato de que enquanto a avaliação da parte industrial da usina é estimada em R$ 25,8 milhões, o montante com dívidas trabalhistas chega a R$23,5 milhões, além de outros R$ 100 milhões com outras dívidas.

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