A Federação Internacional de Futebol (Fifa), que cobrou o governo pela demora na votação da Lei Geral da Copa do Mundo de 2014, poderá causar atraso na tramitação do projeto de lei, já aprovado na Câmara dos Deputados mês passado.
O presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, foi convocado por três comissões do Senado onde tramita o projeto para participar de audiência pública. Conforme o regimento interno da Casa, a proposta não pode ser votada em plenário até a realização da audiência conjunta nas comissões.
A informação é do senador Roberto Requião (PMDB-PR) que preside a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). Juntamente com a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), a CE é uma das três que deverá aprovar a Lei Geral.
Joseph Blatter já confirmou que participará da audiência pública no Senado, mas não estabeleceu data. O interesse do presidente da Fifa é voltar ao Congresso na próxima visita ao Brasil, que ainda não foi marcada. Blatter esteve no país há cerca de 20 dias. Uma demora em realizar a audiência pode prejudicar a tramitação da matéria no Congresso, uma vez que o segundo semestre deste ano será marcado pelas eleições municipais, o que deixará os trabalhos legislativos mais lentos. Além disso, caso o texto seja alterado pelo Senado, ele precisa voltar à Câmara antes de ir à sanção presidencial.
Entretanto, as três comissões ainda poderão desistir da audiência, dispensando a presença de Blatter, e agilizar a aprovação do projeto de lei.
A CE do Senado realizou ontem audiência pública com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Em seu discurso, ele manifestou otimismo quanto ao cronograma dos preparativos para o Mundial. Rebelo amenizou as divergências entre o governo e a Fifa.
O ministro considerou sem maior importância os problemas de atraso nas construções dos estádios e assegurou que os aeroportos têm capacidade para receber os turistas que virão acompanhar os jogos. "Se há problema, não é a capacidade de decolar ou pousar avião". Sobre a questão da venda de bebida alcoólica, ele lembrou que a exceção valerá apenas durante o torneio.
DN
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