O quarto protesto contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo voltou a terminar em confronto entre manifestantes e policiais militares no centro da capital paulista ontem. Ao menos dois manifestantes ficaram feridos e seis foram detidos sob suspeita de carregar rojões para atirar contra os policiais militares.
O repórter Edgar Maciel, do jornal "O Estado de S. Paulo", também ficou ferido durante o confronto entre policiais e manifestantes. Ele foi atingido, aparentemente por estilhaços de bomba na perna, e foi levado a um hospital na região.
Durante o tumulto, uma agência do Bradesco e outra do Santander foram depredadas pelos manifestantes na Praça da República, onde o ato estava previsto para encerrar.
O protesto começou por volta das 19h, horário de Brasília, e seguiu pacificamente por diversas vias do centro da capital paulista. A forte chuva na região não impediu que as cerca de 1.200 pessoas, segundo estimativa da PM, continuassem no ato. O Movimento Passe Livre (MPL) estimou 15 mil pessoas.
O movimento excluiu a Avenida Paulista do trajeto programado, a pedido da Polícia Militar. "Não estamos preparados para ir para a Paulista ainda. Precisamos nos organizar mais", disse Heudes Cassio de Oliveira, integrante do grupo.
Diferentemente dos atos anteriores, as ruas já estavam vazias quando começou a caminhada.Comerciantes fecharam antecipadamente as lojas e ruas foram bloqueadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Na frente da Câmara Municipal, black blocs queimaram uma bandeira do Brasil, mas foram repreendidos por integrantes do MPL. "Vocês querem arranjar confusão, né?". A PM recolheu a bandeira e a passeata prosseguiu pelas vias do centro.
Diário do Nordeste
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