segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Siglas querem recuperar prefeituras em 2016

Com o fim das eleições gerais, a maioria do partidos no Ceará já tem estipulado metas para fortalecer as legenda nos municípios do Interior, visando ao pleito de 2016. As agremiações querem ampliar o número de diretórios nos colégios eleitorais e investir em nomes que possam atrair quantidade significativa de votos para assegurar prefeituras.
Para algumas siglas, as preparações para 2016 serão fundamentais para recuperar perdas sofridas desde a última eleição municipal. A ida do governador Cid Gomes para o PROS, ainda em 2013, levando consigo um grande número de aliados, e as frequentes decisões judiciais contra gestores municipais alteraram o mapa partidário das prefeituras no Interior.
Se algumas agremiações, na disputa em 2012, estavam entre as legendas com maior número de prefeitos, o desenho do Ceará em 2014 revelou que estas siglas precisam se reinventar para tentar recuperar nas próximas eleições municipais pelo menos parte da quantidade de prefeituras conquistadas no último pleito.
Na eleição de 2012, quando Cid Gomes ainda fazia parte do PSB, a legenda terminou com o maior número de prefeituras, chegando a eleger 39 prefeitos, incluindo Roberto Cláudio em Fortaleza. Em 2013, todos acompanharam o governador e seguiram para o PROS, mas a agremiação recém-criada ainda provocou baixas em outros dez partidos com a saída de gestores.
O PSDB foi uma das legendas que mais perderam prefeitos desde a última eleição. Em 2012, o partido garantiu 13 prefeituras. Atualmente, a sigla conta apenas com seis prefeitos, alocados nos municípios de Aracoiaba, Horizonte, Jaguaribara, Senador Sá, Tururu e Trairi. Quanto ao outros, seis ex-tucanos deixaram a agremiação para se filiar ao PROS, além do ex-prefeito de Abaiara, Chico Sampaio, que deixou o cargo por decisão judicial.
A situação levou o PSDB no Ceará, admite o presidente da legenda, Luiz Pontes, a buscar formas de tentar retomar a força do partido no Interior. Em entrevista ao Diário do Nordeste, o tucano revelou as ações para a atração de novos filiados que garantam reforço aos diretórios municipais e comissões provisórias.
O PRB foi outro que sofreu com a debandada de prefeitos. A situação quase levou a legenda a deixar de apoiar a candidatura de Camilo Santana por retaliação ao governador Cid Gomes e ao movimento do PROS que atraiu os gestores para a nova sigla. Em 2012, foram eleitos 16 gestores pelo PRB, mas só seis permaneceram, os prefeitos de Alto Santo, Cariré, Granjeiro, Iguatu, Quixadá e Russas.
Na lista dos prefeitos que o PRB perdeu, oito deixaram a legenda para se filiar ao PROS, enquanto o prefeito de Solonópole, Webston Pinheiro, seguiu para o Solidariedade. O partido chegou a ter a Prefeitura de Meruoca, com Herika Rodrigues à frente, mas uma eleição suplementar teve que ser convocada pelo fato de os votos nulos terem superado os sufrágios conquistados pela prefeita eleita. Após o novo pleito, o petista Manuel Costa Gomes assumiu o cargo.

DN

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