terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Fóssil inédito de 120 milhões de anos encontrado na Bacia do Araripe será anunciado nessa quarta-feira, durante coletiva de imprensa

Um achado fóssil inédito de 120 milhões de anos será anunciado nesta quarta-feira, às 9 horas, por pesquisadores da Universidade Regional do Cariri – URCA, durante coletiva de imprensa, no auditório da sede do Geopark Araripe, em Crato. Trata-se de uma planta do Cretáceo inferior que ainda possui representantes atuais na encosta da Chapada do Araripe, conhecida popularmente como Japecanga, da família da Smilacaceae.

Um artigo sobre a descrição do fóssil foi publicado recentemente nos anais da Academia Brasileira de Ciências, para anunciar a descoberta do achado, cujo nome dado é uma homenagem ao Professor Jackson Antero (in Memoriam) "Cratosmilax Jacksoni". O docente foi um dos grandes nomes que se ergueu no Cariri na luta incansável pela preservação da Chapara do Araripe, e chegou a ser o chefe da Área de Proteção Ambiental da Chapada do Araripe (APA – Araripe).

A Smilacaceae é uma família de plantas monocotiledôneas basais que ocorrem em basicamente todos os continentes e está relacionada com a origem de plantas com flores. Fósseis dessa família são conhecidos desde o Cretáceo Superior. No artigo é apresentado o novo gênero e espécie (Cratosmilax jacksoni) da família do Cretáceo Inferior (Aptiano-Albiano), encontrado em lâminas de calcário da Formação Crato, na Bacia do Araripe.

Ainda conforme os pesquisadores é o mais antigo registro de Smilacaceae. O fóssil descrito é baseado em uma folha com características semelhantes às do gênero Smilax, frequente nas Américas, Europa e sudeste asiático. 

Segundo o orientador da pesquisa, Professor Álamo Feitosa, o fóssil de uma folha em perfeito estado da Japecanga, planta conhecida popularmente, foi resgatado nas minas de calcário laminado, em Nova Olinda. O achado ocorreu em 2012. O trabalho de descrição foi realizado por uma equipe de pesquisadores da URCA, e tem como autora a Professora doutora, Flaviana Jorge de Lima. Ela destaca que essa é a primeira pesquisa a ser descrita com localidade estratigráfica, possibilitando estudos detalhados das camadas das rochas. 

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