O Ceará já apresenta uma demanda imediata de mais 400 quilômetros de
adutoras para atender às cidades que entraram em colapso no abastecimento
d'água. No entanto, ainda não há recursos liberados para a consecução das
obras, uma vez que a verba vai depender de repasses do Governo Federal.
Esse lote de adutoras seria para aproveitar águas
dos reservatórios que mantêm níveis suportáveis de água para atender demandas
hídricas das comunidades mais necessitadas. Dentre os municípios que poderão
ser contemplados de imediato, incluem-se São Gonçalo, Apuiarés, Senador Sá,
Uruoca e Nova Floresta (em Jaguaribe). Os recursos para as obras estão
estimados em valores acima de R$ 120 milhões e o prazo para a conclusão seria
de seis meses.
Reunião
O coordenador de Infra estrutura Hídrica da
Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), Yuri Costa de Oliveira, informou que não
foram ainda assegurados os recursos para a construção das adutoras. Ele disse
que já há um pleito do governador Camilo Santana para encaminhar pessoalmente a
presidente Dilma Rousseff. A reunião ainda não foi agendada.
"A construção de adutora é a principal
estratégia do governo do Estado para combater os efeitos da seca, atendendo,
especialmente, o consumo humano", disse Yuri.
Ele lembrou que, de 2013 a 2014, foram construídas
mais de 700 quilômetros de adutoras, que têm uma instalação imediata, como as
de engate rápido, mas dependem tanto de investimentos federais, quanto das
reservas hídricas no Estado.
A necessidade de construir o novo lote, segundo
salientou, se dá mesmo antes do início da quadra chuvosa, aproveitando a carga
atual existente em alguns açudes. "Temos um prognóstico de seca, mas é
esperado que chova pouco e que mesmo não sendo capaz de promover a recarga dos
reservatórios, possa ser suficiente para manter os níveis atuais", disse o
coordenador da SRH.
Monitoramento
A SRH vem fazendo o monitoramento de 149
reservatórios do Estado, sendo que água está mal distribuída, com um grande
número de reservatórios já com volume morto e apenas dois grandes com reservas
acima de 20%, que são o Castanhão e o Orós.
Um outro instrumento de suprir água para as
comunidades rurais é a perfuração ou manutenção dos atuais poços profundos. Na
semana passada, a SRH anunciou a decisão do governo do Estado em dispensar
processo licitatório para a construção dos poços, por meio de encaminhamento da
Procuradoria Geral do Estado (PGE). O objetivo da medida é agilizar o serviço
para a imediata atenção das populações residente na área rural.
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