A Secretaria da Cultura do Estado do
Ceará manifesta profundo pesar com o falecimento de Antônio José Lourenço da
Silva, o mestre Antônio Aniceto, integrante da Banda Cabaçal dos Irmãos
Aniceto, do município do Crato, uma das mais importantes formações da cultura
tradicional popular no Ceará e no Brasil. A Secult se solidariza com os
integrantes da banda, com os familiares e amigos de mestre Antônio e com tantos
quantos se acostumaram a aplaudi-lo, no sem-número de apresentações que sempre
combinaram música e dança, tradição e presente, intensidade e alegria.
O toque do primeiro pife da Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto, comandado pelo Mestre Antônio, jamais será esquecido. Junto ao seu irmão, Raimundo Aniceto, e a seus sobrinhos, Mestre Antônio seguiu se apresentando até pouco tempo, desfilando destreza no pife e na dança, na elegância dos uniformes de cores vivas, na tradição secular das bandas cabaçais. Sempre em movimento, deixando como legado a descoberta e a admiração despertadas em novas gerações, graças à continuidade do trabalho dos Irmãos Aniceto.
Mestre Antônio, que nesta segunda-feira, 12/1, se despediu aos 82 anos, foi responsável por manter viva uma das mais belas e marcantes expressões da cultura cearense, estando sempre pronto para transmitir conhecimentos e compartilhar histórias e vivências. Assim foi, por exemplo, com os novos integrantes da banda-mirim dos Irmãos Aniceto, reunindo garotos da comunidade, unidos e encantados pelo poder da tradição, da música, da brincadeira. Tudo com a simplicidade e a gentileza que sempre caracterizaram a presença do grupo, em inúmeras apresentações e em eventos especiais, como o Encontro Mestres do Mundo.
Contribuir para que os Irmãos Aniceto sigam adiante e tenham repercussão cada vez mais ampliada para sua obra é a melhor forma de homenagear Mestre Antônio. Nosso agradecimento, mestre, por toda uma vida dedicada à cultura cearense.
Guilherme Sampaio
Secretário da Cultura do Estado do Ceará
O toque do primeiro pife da Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto, comandado pelo Mestre Antônio, jamais será esquecido. Junto ao seu irmão, Raimundo Aniceto, e a seus sobrinhos, Mestre Antônio seguiu se apresentando até pouco tempo, desfilando destreza no pife e na dança, na elegância dos uniformes de cores vivas, na tradição secular das bandas cabaçais. Sempre em movimento, deixando como legado a descoberta e a admiração despertadas em novas gerações, graças à continuidade do trabalho dos Irmãos Aniceto.
Mestre Antônio, que nesta segunda-feira, 12/1, se despediu aos 82 anos, foi responsável por manter viva uma das mais belas e marcantes expressões da cultura cearense, estando sempre pronto para transmitir conhecimentos e compartilhar histórias e vivências. Assim foi, por exemplo, com os novos integrantes da banda-mirim dos Irmãos Aniceto, reunindo garotos da comunidade, unidos e encantados pelo poder da tradição, da música, da brincadeira. Tudo com a simplicidade e a gentileza que sempre caracterizaram a presença do grupo, em inúmeras apresentações e em eventos especiais, como o Encontro Mestres do Mundo.
Contribuir para que os Irmãos Aniceto sigam adiante e tenham repercussão cada vez mais ampliada para sua obra é a melhor forma de homenagear Mestre Antônio. Nosso agradecimento, mestre, por toda uma vida dedicada à cultura cearense.
Guilherme Sampaio
Secretário da Cultura do Estado do Ceará
Os Irmãos Aniceto
A Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto
surgiu em 10 de maio de 1835, tendo como idealizador José Lourenço da Silva
(pai do Mestre Antônio).
A denominação “cabaçal” decorre do fato que antigamente os tambores eram confeccionados de pele de bode estirada sobre cabaças. Outra versão diz que o nome vem um ritual dos índios Cariris, onde tocavam pifanos e queimavam Jurema-preta nas cabaças.
Ainda hoje, os integrantes mantêm a tradição de confeccionar os instrumentos com peles de bode ou carneiro esticadas sobre enormes troncos de madeira, com o miolo retirado a golpes de machado. Os pífanos são feitos de tabocas.
A denominação “cabaçal” decorre do fato que antigamente os tambores eram confeccionados de pele de bode estirada sobre cabaças. Outra versão diz que o nome vem um ritual dos índios Cariris, onde tocavam pifanos e queimavam Jurema-preta nas cabaças.
Ainda hoje, os integrantes mantêm a tradição de confeccionar os instrumentos com peles de bode ou carneiro esticadas sobre enormes troncos de madeira, com o miolo retirado a golpes de machado. Os pífanos são feitos de tabocas.
Os irmãos Aniceto lançaram três discos:
o primeiro em 1978, patrocinado pelo Ministério da Educação e Cultura; o
segundo em 1999, produzido pela Cariri Discos em parceria com a Equatorial
Produções; e o último em 2004, intitulado “Forró no Cariri”, tendo como
produtores as mesmas empresas do álbum anterior. Também lançaram um DVD,
gravado em 2008, no Theatro José de Alencar, registrando a histórica
apresentação da Banda Cabaçal em conjunto com a Orquestra de Câmara Eleazar de
Carvalho.
Cortejo em homenagem a Mestre Antônio
De acordo com informações de familiares e amigos, o corpo de Mestre Antônio será velado em sua casa, no bairro de Batateira, no Crato. O velório segue até amanhã pela manhã, quando haverá um cortejo com grupos cabaçais locais que conduzirão o corpo do Mestre até o cemitério Nossa Senhora da Piedade no Crato, às 11h. O cortejo deverá passar pelo centro cultural da antiga estação ferroviária RFFSA.
De acordo com informações de familiares e amigos, o corpo de Mestre Antônio será velado em sua casa, no bairro de Batateira, no Crato. O velório segue até amanhã pela manhã, quando haverá um cortejo com grupos cabaçais locais que conduzirão o corpo do Mestre até o cemitério Nossa Senhora da Piedade no Crato, às 11h. O cortejo deverá passar pelo centro cultural da antiga estação ferroviária RFFSA.
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