A partir da próxima quinta-feira, dia 19/9, os bancários
do Ceará estarão em greve por tempo indeterminado. Este foi
o resultado unânime da assembleia da categoria realizada nesta
quinta-feira, dia 12/9, na sede do Sindicato dos Bancários do
Ceará. Mais de 200 bancários estiveram presentes para
apreciar a proposta da Fenaban e deliberar sobre a greve. A proposta dos
bancos prevê reajuste de 6,1% sobre todas as verbas e foi rejeitada
por unanimidade.
“Lamentavelmente, os bancos, pelo décimo ano consecutivo,
pagam para ver se a categoria bancária tem
mobilização para, através da greve, avançar na
contratação e renovação de direitos. Portanto,
o momento agora é de união, de mostrar a força da
nossa mobilização e garantir mais conquistas
econômicas e sociais”, afirmou o presidente do Sindicato,
Carlos Eduardo Bezerra.
O movimento sindical apostou no processo de negociação,
mas os bancos se mantiveram intransigentes. O Sindicato convoca cada
bancário a ajudar no fortalecimento do movimento para que, assim,
tenham suas reivindicações respeitadas e atendidas. Na
quarta-feira dia 18/9, haverá uma nova assembleia de caráter
organizativo, na sede do Sindicato.
A aprovação da greve segue orientação do
Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, que
avaliou como uma “provocação” a proposta
apresentada pela Fenaban no último dia 5/9. Além de
não atender a nenhuma reivindicação da categoria, os
bancos ainda afirmaram que aquele era a última proposta, esgotando
as possibilidades de negociação e empurrando os
trabalhadores para a greve.
O reajuste proposto pela Fenaban é de apenas 6,1% sobre todas as
verbas salariais, o que representa nenhum aumento real. As
reivindicações sobre emprego, saúde,
condições de trabalho, metas abusivas, assédio moral,
segurança bancária e igualdade de oportunidades também
foram ignoradas pelos bancos – mesmo sendo o setor que mais bate
recordes de lucratividade.
Calendário de luta
17/9 - Todos a Brasília para pressionar os deputados federais
durante a audiência pública sobre o PL 4330 no
plenário da Câmara.
18/9 - Assembleia organizativa para encaminhar a greve.
19/9 - Deflagração da greve nacional dos bancários por tempo indeterminado.
18/9 - Assembleia organizativa para encaminhar a greve.
19/9 - Deflagração da greve nacional dos bancários por tempo indeterminado.
Veja as principais reivindicações dos
bancários
- Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais
inflação projetada de 6,6%)
- PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
- Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
- Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
- Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
- Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
- Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
- Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
- Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
- Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.
- PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
- Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
- Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
- Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
- Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
- Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
- Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
- Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
- Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.
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