O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, tem descartado, reiteradas vezes, disputar o Palácio do Planalto, e a ex-senadora Marina Silva (PSB) deverá ser candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Eduardo Campos (PSB). A entrada de Barboa e Marina na corrida presidencial, entretanto, é o único cenário, a preço de hoje, com chances de forçar um segundo turno nas eleições de outubro. O teste, feito pelo Datafolha, foi divulgado neste final de semana.
No pouco provável cenário, as intenções de voto para Marina, somadas às de Barbosa e as do opositor Aécio Neves (PSDB) chegariam a 43%, assim distribuídas: Marina-17%, Barbosa -14% e Aécio 12%. A soma ficaria, portanto, dentro da margem de erro total de quatro pontos percentuais em relação à presidente Dilma, que teria 40%. (veja quadro ao lado).
Quando o nome de Marina não é considerado como pré-candidata e Barbosa também não aparece na lista, Dilma iria a 44%. Aécio subiria dos 12% para 16% e o candidato do PSB cairia dos 17% obtidos por Marina para 9% de Campos. Nesse hipótese, a atual presidente seria reeleita em primeiro turno.
O rumo mais provável de Marina é ser a vice de Campos ou não concorrer. Já o presidente do STF deixa em aberta a possibilidade de entrar na política. Nesse caso, seria a disputa da cadeira no Senado pelo Estado do Rio de Janeiro, onde tem domicílio eleitoral. Para isso, ele teria de deixar a Corte e se filiar a um partido político até o dia 5 de abril (seis meses antes da eleição).
Avaliação
O resultado do levantamento Datafolha mostrou que a avaliação positiva do governo Dilma mantém-se em 41%. É o mesmo índice alcançado em novembro. Não é uma notícia ruim para os governistas. Mas significa, também, que a trajetória de recuperação, depois da queda por conta dos protestos do ano passado, foi interrompida.
Em declaração à Agência Estado, o vice-presidente do PT nacional, deputado José Nobre Guimarães (CE) minimizou a permanência do índice de aprovação da gestão petista. “O fundamental é que nós reunimos as condições objetivas para vencer a eleição”, resumiu.
Pela oposição, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) destacou o que ele chamou de sentimento de mudança, já que 67% dos entrevistados desejam que o próximo presidente da República adote ações diferentes do atual governo.
O Datafolha entrevistou 2.614 pessoas em 161 municípios na quarta (19) e quinta (20).
Jornal O Povo
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