O crescimento econômico do Cariri apresentou em 2014 estatísticas com avanço superior à média estadual. Segundo Guilherme Muchale, economista do Núcleo de Economia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), o aumento chega a 5,2% contra 2,5% de todo o Estado, nos dez primeiros meses do ano. A formalização e a maior expansão de setores como construção civil, comércio e turismo são alguns dos fatores que contribuem para os resultados.
Entre os projetos de destaque para a economia do Cariri em 2015, está a instalação de 36 novas empresas no Novo Distrito Industrial, em Juazeiro do Norte, que ofertará cinco mil empregos diretos e três mil indiretos. Em Barbalha, a Usina Cariri, antiga Manoel Costa Filho, iniciará sua fase de testes para oferecer, quando estiver pronta, mais de 1.200 empregos diretos e 2.000 indiretos. Já em Crato, a criação do Consórcio Turístico do Cariri, que abrange sete cidades da região, incentivará o turismo local, atraindo investimentos.
Segundo Conceição Araújo, gerente da Unidade do Sine-IDT de Juazeiro do Norte, graças a novas empresas instaladas na região em 2014, a empregabilidade se mostrou positiva. Cerca de 500 trabalhadores se cadastraram mensalmente no serviço. Somente no último trimestre, a média de encaminhamento mensal foi de 800 trabalhadores. O local atende, diariamente, mais de 150 pessoas em busca de emprego e cerca de 30 empresas procurando auxílio na busca de funcionários.
“Além disso, trabalhamos no acompanhamento de projetos de qualificação junto a instituições como o Senac e o Senai, que trabalham na execução de projetos de qualificação”, explica Conceição. A região também conta com serviços de instituições que, como o Sest/Senat, oferecem serviços e formações profissionais. Mais de 5.700 pessoas receberam treinamentos no segmento do transporte, com atendimentos em 24 cidades circunvizinhas. Os números a colocam entre as dez maiores em volume de produção no país.
Como explicou o economista Guilherme Muchale, a região é responsável por 6,6% do PIB Estadual, elevando sua participação em 0,2 pontos percentuais nos últimos 10 anos. Além disso, representa 5% das riquezas geradas pelo setor industrial, com destaque nos setores de joias, farmacêutico e um relevante segmento calçadista, responsável por, aproximadamente, 40% dos empregos formais da região.
Segundo Guilherme, considerando-se a conjuntura econômica do Brasil e o alto grau de imprevisibilidade para o próximo ano, existem poucas certezas para indicar crescimentos setoriais. “Desse modo, serão favorecidos setores exportadores – tendo em vista a desvalorização da taxa de câmbio – e o setor de energias renováveis continuará em forte expansão”, finaliza o economista.
Fonte: Jornal do Cariri
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