Um dia após tomar posse como novo titular da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), o vereador Guilherme Sampaio (PT) travou o primeiro contato com a pasta. Em reunião durante a manhã de ontem, na sede da Secult, no prédio do Cineteatro São Luiz, o secretário conversou com coordenadores de cada área e diretores de equipamentos culturais, como o Theatro José de Alencar (TJA). O objetivo do encontro é traçar um diagnóstico que possa orientar as primeiras ações da nova gestão.
Eleito três vezes vereador de Fortaleza e líder da oposição ao prefeito Roberto
Cláudio (Pros) até a semana passada, Guilherme Sampaio é autor do capítulo da Lei Orgânica do Município que instituiu a previsão constitucional de criação da Secretaria da Cultura de Fortaleza (Secultfor), do conselho, do fundo e do sistema municipais. Por três mandatos, Sampaio foi presidente da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Lazer da Câmara Municipal.
O novo chefe da Secult também é autor da lei que criou o incentivo aos circos itinerantes, da lei de isenção do ISS (Imposto sobre Serviços) para artistas locais e da legislação de proteção do patrimônio cultural na Lei Orgânica do Município.
Em outubro, durante as eleições, Guilherme Sampaio falou ao O POVO sobre o papel da cultura, destacando que a pasta vem deixando de ser o “patinho feio” das gestões governamentais. “Tem uma máxima que diz que cultura não dá voto. Mas o crescimento do patamar de consumo vai promover uma demanda de acesso a bens culturais. À medida que as pessoas tiverem mais acesso, isso passa a ser demandado pela população e ela não quer regredir. As consequências do Estado oferecer é o crescimento de uma cadeia que é ativada pelo consumo cultural. É um boom econômico latente”, afirmou.
A nomeação do petista para o secretariado de Camilo Santana (PT) é também um gesto político. Líder da oposição a RC e crítico do governo Cid Gomes (Pros), Guilherme se afasta agora da Câmara Municipal.
Apesar de o apoio a Camilo não ser unanimidade no PT, a corrente de Guilherme, a Casa Vermelha, não teve objeção à candidatura do governador eleito com as bênçãos do prefeito da Capital, Roberto Cláudio. Durante a campanha, o novo secretário participou das atividades do comitê de cultura de Camilo Santana.
A especulação em torno do nome que assumiria a Secult cresceu à medida que a cultura se tornou um dos setores prioritários de Camilo, cujo compromisso, firmado ainda nas eleições, é ampliar a verba da área para 1,5% do orçamento.
Nos oito anos de governo Cid Gomes, a pasta foi marcada por atropelos, trocas de gestores e uma “virada cultural” que não se efetivou. Dois fatos se destacaram em 2014:
a reabertura do Cineteatro São Luiz e o fechamento da Biblioteca Pública Menezes Pimentel. A missão de Guilherme é garantir a programação do São Luiz e começar a reforma da biblioteca.
a reabertura do Cineteatro São Luiz e o fechamento da Biblioteca Pública Menezes Pimentel. A missão de Guilherme é garantir a programação do São Luiz e começar a reforma da biblioteca.
jornal O Povo
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