quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Câmaras de Crato e Juazeiro vivem dia de tensão

As Câmaras das duas maiores cidades do Cariri, Crato e Juazeiro, parecem viver o auge de uma crise política sem data para terminar. Nessa terça-feira (11), as sessões dos poderes legislativos das duas cidades foram marcadas mais uma vez por uma forte tensão com discussões, quase às vias de fato, e revelações bombásticas.

Pela manhã a sessão da Câmara do Crato foi palco de uma intensa discussão entre os vereadores Jales Veloso (PTN) e Fernando Brasil (PSB). Os dois parlamentares trocaram acusações, insultos e ofensas pessoais, chegando quase as vias de fato. O presidente da Câmara, vereador Luis Carlos (PSL), encerrou a sessão.
No Crato, cinco dos 19 vereadores, estão afastados; um foi notificado pela justiça por acusações infundadas, ameaças e palavras de baixo calão nas redes sociais; e outros, como Jales, são acusados de receber diária rural morando na cidade.
À tarde em Juazeiro do Norte, o ex-presidente interino da Câmara, vereador Darlan Lôbo (PMDB), voltou a fazer acusações e revelações fortes. Em pronunciamento, Darlan reafirmou as denúncias de compra de votos para eleição da mesa diretora e as ameaças que, segundo ele, vem sofrendo motivadas pela conduta adotada.
Segundo Darlan, em Juazeiro o vereador é obrigado a apoiar a corrupção. “Já participei de reuniões fechadas, onde a pauta era a cassação do mandato do vereador Cláudio Luz. Ou vossa excelência concorda com a corrupção em Juazeiro ou vai ser cassado por esta casa,” disse Darlan.
Durante o pronunciamento, Darlan ressaltou que vem sendo perseguido desde o ano passado. “Vivem ameaçando desmanchar um prédio do meu pai, caso não eu não concorde com o desmando. Se a justiça e o povo não tomar pé, os vereadores vão ficar de cabeça baixa obrigado a apoiar a corrupção,” disse Darlan.
Darlan destacou que a retirada do nome do vereador Bertran Rocha (PTdoB) da CPI do ar-condicionado e do vereador Zé Ivan (PTdoB) do relatório final da mesma CPI, foi obrigado pelo prefeito Raimundo Macedo. “Ou tirava ou perdia o que tem na prefeitura,” disse Darlan, ressaltando que existem vereadores com R$ 50 mil, R$ 30 mil e R$ 20 mil, em empregos na administração e, por isso, ficam refém do prefeito.
Darlan finalizou dizendo que é preciso o Ministério Público do Estado investigar o que acontece na Casa, sob pena do povo ter um grande prejuízo. “Já pedi e peço de novo que o Ministério Público comece por mim; pra ver se limpa essa lama que tem aqui dentro. Essa Câmara é uma lama,” finalizou Darlan.
Os vereadores Cláudio Luz, Normando Sóracles, Tarso Magno e Gledson Bezerra, se manifestaram com a afirmação de que as denúncias são graves e devem ser investigadas. Além de disso, os vereadores que se manifestaram, se colocaram solidários a Darlan.
Os vereadores Cláudio Luz e Tarso Magno ressaltaram conhecer a realidade, já que, já passaram e passam pela mesma situação de serem ameaçados.

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