domingo, 2 de fevereiro de 2014

Ciro Gomes defende nome do PROS ao Palácio da Abolição

O atual secretário de Saúde do Ceará, Ciro Gomes (PROS), entrou de vez na campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff. Na manhã de ontem, 31, o ex-ministro atentou para a necessidade de se discutir o delicado momento econômico que vive o país e defendeu o projeto estratégico que a petista representa.
“Esse projeto não pode ser explorado e manipulado por uma oposição vazia. E é isso que nós temos que nos concentrar para resolver”, disse, elencando o aumento do salário mínimo de U$ 76 para U$ 330 - relativamente -, a criação de mais de 200 mil vagas para alunos da rede pública nas universidades e ampliação do crédito para a construção civil, como méritos do atual governo.
Ciro não deteve-se apenas a alfinetar a oposição. Seus petardos sobraram até mesmo para os
aliados mais resistentes, que pressionam e ameaçam a continuidade do projeto nacional em função do que chamou de “apetites e ambições pessoais”. E apesar de não dar nome aos “bois”, fez-se entender que a queixa tinha como alvo certo o PMDB e sua interminável lista de reivindicações: ministérios, cabeças de chapas estaduais e o comando do Senado e da Câmara Federal.
Ciro não deteve-se apenas a alfinetar a oposição. Seus petardos sobraram até mesmo para os No Ceará, por exemplo, o sena aliados mais resistentes, que pressionam e ameaçam a continuidade do projeto nacional em função do que chamou de “apetites e ambições pessoais”. E apesar de não dar nome aos “bois”, fez-se entender que a queixa tinha como alvo certo o PMDB e sua interminável lista de reivindicações: ministérios, cabeças de chapas estaduais e o comando do Senado e da Câmara Federal.
No Ceará, por exemplo, o senador Eunício Oliveira (PMDB) não abre mão de postular a sucessão estadual e luta para conseguir o apoio do governador Cid Gomes (PROS) para o pleito. No entanto, Cid tenta arrastar para junho a discussão de composição da chapa majoritária e está disposto a ungir como seu candidato um de seus correligionários. O impasse ameaça implodir a aliança política entre as legendas.
Na tentativa de sanar a crise no Ceará, o ex-presidente Lula se esforça para costurar um acordo entre os aliados. Questionado sobre o poder de influência do petista nos rumos do processo eleitoral do Estado, Ciro é taxativo: “O governador Cid Gomes, do nosso ponto de vista, será o magistrado da sucessão dele próprio”. Acrescentando que a coalizão política - composta por 14 partidos-, liderada por seu irmão Cid, tem uma força política imprescindível para garantir o desenvolvimento do Estado. “Sem força política, o Ceará não avança. Nós somos um dos estados mais pobres do Brasil e todas as soluções estratégicas para os problemas do nosso povo, depende de prestígio junto ao governo federal e de capacidade de formulação de projeto junto às instâncias internacionais”, lança.  “Tudo isso está em marcha aqui no Ceará e nós não vamos deixar que futricas, intriga, calúnia, zanga, birra, apetites e ambições pessoais nos tirem desse caminho”, crava.
NA HORA CERTA
Mostrando-se afinado ao discurso do governador Cid Gomes, Ciro evita antecipar o debate sucessório, mas, como militante do PROS, reafirma o desejo de ver um dos cinco pré-candidatos do partido - o vice-governador Domingos Filho, os deputados José Albuquerque e Mauro Filho, o ex-ministro Leônidas Cristino, a secretária de Educação, Izolda Cela, e o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio - como o herdeiro natural do assento de Cid no Abolição. “Nós gostaríamos de participar da discussão que vai suceder o governador Cid Gomes, postas, nossas fragilidades, forças e proezas (...) Eu prefiro um candidato do PROS e reconheço, humildemente, o mesmo direito de todas as outras forças de postular com seus próprios candidatos”, admite.
PRAZOS
Para o ex-ministro, Cid não deve mudar de opinião quanto ao prazo mínimo para discutir sua sucessão: junho. Mas, por ora, o partido deve começar a discutir uma tática eleitoral para o pleito. “Antecipar sucessão é um erro básico, porque deriva energias do enfrentamento da seca, da violência, das dificuldades todas da sociedade, para a demanda política. Mas, do ponto de vista do partido, nós vamos começar a discutir rumos, diretrizes e elencar todos os nossos quadros”, revela.
PELA ÚLTIMA VEZ
Mais uma vez questionado sobre a possibilidade de assumir o comando da Integração Nacional ou qualquer outro ministério da Esplanada da presidente Dilma, Ciro Gomes insistiu: “Não fui convidado. Se fosse convidado, me sentiria muito honrado, mas, pediria a presidenta para não me envolver neste momento”, dispara, na tentativa de encerrar a especulação.
 
* Notícia publicada do jornal Aqui CE deste sábado (01).

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