O deputado estadual Heitor Férrer (PDT) alimenta o projeto de trocar o Poder Legislativo pelo Executivo em 2016. O pedetista não descarta se candidatar novamente à Prefeitura de Fortaleza daqui a dois anos. O projeto atual, entretanto, ao qual ele se dedica integralmente, é garantir sua reeleição na Assembleia Legislativa do Ceará em outubro.
“Vou continuar tentando voltar para essa Casa, porque nós temos que continuar com essa conduta de fiscalização dos atos do governo do Estado. Agora, se eu continuar deputado, tenho muita vontade de dirigir Fortaleza para mostrar como deva ser uma administração que tenha respeito com o cidadão”, declarou, admitindo ter fôlego para mais uma disputa.
Em 2012, Heitor encarou sua primeira eleição à Prefeitura de Fortaleza e com uma campanha diminuta, feita com 35 ativistas e sete carros de som, o parlamentar conseguiu mais de 250 mil votos na capital. “As pesquisas levaram nossa candidatura ao prejuízo, naquele ano, e mais: roubaram os sonhos dos fortalezenses”, relembra.
Já em 2016, Heitor estará com 61 anos, quatro mandatos cumpridos como vereador de Fortaleza e mais quatro, caso emplaque sua reeleição em 2014, como deputado estadual. “Em reconhecimento ao nosso trabalho e a exemplar campanha que fizemos à Prefeitura de Fortaleza,o deputado André Figueiredo (líder do PDT na Câmara e presidente do partido no Ceará) acha que nós temos um nome até para disputa ao Senado Federal. Mas, certamente, essa composição me levaria a estar em palanques que não me são degustáveis”, dispara, em alusão a aliança do PDT com o PROS do governador Cid Gomes.
Depois de ter marcado com sua combativa oposição a gestão de Cid, Heitor Férrer considera um “contrassenso” estar com o gestor num mesmo palanque, numa eventual candidatura ao Senado na chapa do apadrinhado do governador ao Abolição. “O PDT jamais me causaria esse constrangimento, esse transtorno. Por isso, eu já tenho me declinado deste convite”, crava.
O pedetista admite, porém, a possibilidade de encabeçar uma chapa à sucessão estadual contra o candidato do governador Cid Gomes. “Agora, se o PDT rompesse com o governo, meu nome ficaria a disposição para o Governo do Estado”.
ESPERAR PRA QUÊ?
Questionado se não seria um desperdício abrir mão de uma candidatura à Câmara dos Deputados ou ao Senado, num momento em que seu desempenho nas urnas de 2012 ainda está vivo na memória do eleitor, Heitor Férrer mostra-se seguro de que o melhor para seus planos - em 2016 - é continuar no convívio do Estado. “Estamos bem situados, por conta da disputa à Prefeitura de Fortaleza, e podemos disputar um cargo para não sairmos do convívio dos nossos eleitores”, lança. Acrescentando que ao se distanciar, emplacando um cargo no Congresso Federal, em Brasília, a figura política, normalmente, cai no “esquecimento”.
“O trabalho do deputado federal, por exemplo, fica muito restrito as lideranças. Veja o caso do André (Figueiredo): um trabalho exemplar, líder do partido, mas aqui no Ceará a evidência é maior. É melhor ficar aqui”, pondera.
*Com informações do jornal Aqui CE desta terça-feira (11).
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