segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Cresce ofertas de cursos de pós-graduação no Cariri

Cresce a oferta de cursos de pós-graduação no Cariri. Na última década, se multiplicaram os cursos de especialização e mestrados, em virtude da implantação de universidades públicas e privadas. Estudantes que antes tinham a oportunidade de frequentar esses cursos apenas em outras localidades, agora permanecem na região, ampliando a pesquisa também em várias áreas e favorecendo economicamente às instituições, como novos projetos.
Tanto as universidades públicas como as privadas têm oferecido vagas. E a proposta daquelas, principalmente públicas, é continuar ofertando os cursos lato sensu e stricto sensu, respectivamente, às especializações e os mestrados, a maioria deles de forma gratuita ou a preços de custo para manutenção, com propostas voltadas para as características regionais.
É o caso da Universidade Federal do Cariri (UFCA), que atua com o curso de mestrado de Desenvolvimento Regional, possibilitando uma margem ampla para a pesquisa na região, nos seus diversos segmentos, dentro do contexto de sustentabilidade. Já a Universidade Regional do Cariri (Urca), implantou o primeiro curso de mestrado em Bioprospecção Molecular, em 2007, formando até agora mais de oito turmas, com os trabalhos voltados, em sua maioria, para as propriedades da flora e fauna da região, inclusive com registros de patentes e novos pedidos em andamento.
Para a pró-reitora de ensino da UFCA, Ana Cândido, há perspectiva de implantação de mais dois cursos de mestrado, nas áreas de Saúde e Engenharia.
A instituição conta atualmente com seis cursos de especialização. Já a Urca, está atualmente com um mestrado e 22 especializações, e a partir de março será iniciado o mestrado acadêmico em Enfermagem, além de mestrado profissional em Saúde da Família, uma parceria com Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família (Renasf).
Expectativa
A expectativa é que a instituição regional no próximo ano possa ter aprovado o primeiro doutorado institucional da Região, na área de bioprospecção molecular. O coordenador do mestrado, Alysson Pontes Pinheiro, afirma que todas as credenciais para ter o curso aprovado junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) estão disponíveis.
A agência atua no fomento à pesquisa e na expansão e consolidação da pós-graduação Stricto sensu (mestrado e doutorado) em todos os estados do país. Também realiza avaliações a cada três anos, podendo descredenciar as instituições de nível superior que não atendam aos requisitos de manutenção na qualidade dos seus trabalhos.
Ana Cândido afirma que há um incentivo para novas publicações científicas de artigos, com trabalhos de pesquisa, requisitos necessários para a abertura dos novos cursos. Todos os anos são feitas avaliações de propostas, com as devidas publicações.
No caso do mestrado na área da saúde, será ofertado principalmente para a área médica, já que a instituição possui um curso de Medicina, na cidade de Barbalha. Outro aspecto diz respeito à própria infraestrutura física, que ainda é uma das prerrogativas que limita esse processo de crescimento. Mas, há também a formação de novos doutores. Atualmente, são 30.
Produção
Na Urca, a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Arlene Pessoa, destaca a importância da produção científica, que vem crescendo a cada ano, na universidade. Isso, segundo ela, tem feito o diferencial ao longo dos anos. "A aprovação do novo mestrado é o reflexo da maturidade em relação à produção científica, dos professores que integram o corpo docente do curso", destaca. Além disso, a pró-reitora ressalta o aumento nos investimentos destinados à produção científica da universidade, através do recurso do finalístico da instituição, para ampliar a produção. Exemplo disso foi a criação de um portal de periódicos da Urca, a revista Caderno de Ciência e Cultura, para a divulgação das pesquisas, e ter o trabalho da universidade como referência para outros pesquisadores. A publicação está sendo normalizada. Outro aspecto é a ampliação do número de bolsas de iniciação científica, com 85 destinadas pela própria universidade.
Diário do Nordeste 

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